1. O que são mercados de capitais?
Os mercados de capitais fazem parte do sistema financeiro e são responsáveis por intermediar a relação entre empresas que desejam angariar recursos para os seus projetos e investidores que pretendem investir os seus recursos para obter algum retorno financeiro a prazo.
Nos mercados de capitais podemos transacionar vários instrumentos financeiros, nomeadamente valores mobiliários representativos de capital – como as ações – ou de dívida – como as obrigações.
2. Qual o papel dos bancos?
Os bancos, enquanto intermediários financeiros, auxiliam as duas partes envolvidas no funcionamento dos mercados de capitais – investidores e emitentes (empresas) –, através da prestação de diversos serviços fundamentais.
3. Quais são as vantagens associadas aos mercados de capitais?
Os mercados de capitais são fundamentais enquanto fonte de financiamento complementar ao financiamento bancário tradicional concedido às empresas, incluindo as pequenas e médias empresas (PME). Contribuem também para assegurar uma estrutura de financiamento de médio e longo prazo mais estável, que permita às empresas desenvolver projetos de investimento de longo prazo.
Para os investidores, sejam eles institucionais ou particulares, o investimento no mercado de capitais é uma opção de investimento alternativa. Apesar de apresentarem um risco superior face a outros instrumentos de poupança, investir no mercado de capitais apresenta, em média, uma rendibilidade mais elevada, constituindo por isso uma boa opção para diversificar uma carteira de investimentos.
4. E o que é que a União Europeia pensa deste assunto?
A União Europeia (UE) compreende o papel que um mercado de capitais pode desempenhar para que a economia cresça de forma sustentável e se torne mais competitiva.
Aliás, no Plano de Ação da União dos Mercados de Capitais, de setembro de 2020, a Comissão Europeia considera que se deve contribuir para reforçar a confiança dos pequenos investidores nos mercados de capitais e impulsionar a sua participação nos mesmos.
Com uma maior participação de pequenos investidores será possível orientar as suas poupanças no longo prazo e, ao mesmo tempo, melhorar o acesso das empresas ao financiamento e facilitar a transição ecológica e digital.
Por outro lado, a existência de sistemas de pensões sólidos e assentes no mercado pode também contribuir para enfrentar os desafios suscitados pelo envelhecimento da população europeia, complementando os regimes públicos de pensões.
5. O que é a União dos Mercados de Capitais (UMC)?
A União dos Mercados de Capitais (UMC) é a iniciativa da UE destinada a criar um verdadeiro mercado único de capitais, assegurando o livre fluxo de investimento e aforro em benefício dos cidadãos, das empresas e dos investidores.
No Plano de Ação da UMC foram definidas várias medidas legislativas e não legislativas para alcançar três objetivos principais:
- Apoiar o desenvolvimento económico numa perspetiva ecológica, digital, inclusiva e resiliente, tornando o financiamento mais acessível para as empresas europeias;
- Tornar a UE num espaço ainda mais seguro para o aforro e o investimento a longo prazo dos particulares;
- Assegurar a integração dos mercados nacionais de capitais num verdadeiro mercado único.