O futuro é incerto. A verdade é que todos desejamos que o pior não aconteça. Mas, se acontecer, importa estarmos devidamente preparados. Uma poupança de emergência atua como um extintor ou um colete salva-vidas num momento de aflição.
A criação de uma poupança de emergência ajuda a atenuar o impacto de despesas ou situações imprevistas, como um problema de saúde, uma situação de desemprego, um divórcio ou uma reparação avultada de um bem.
Principais vantagens
- Ajuda a gerir o orçamento familiar
Constituir uma poupança para uma emergência significa saber, em detalhe, para onde vai o seu dinheiro, acompanhar com regularidade o seu orçamento e ajustar os níveis de consumo ao esforço de poupança, frequentemente reduzindo ou eliminando consumos supérfluos.
A criação de uma poupança de emergência implica frequentemente a mudança de hábitos e de comportamentos, criando um círculo virtuoso de criação de poupança.
- Evita a tomada de decisões precipitadas
Se precisar de dinheiro urgentemente, mas não tiver uma poupança à qual recorrer, pode tomar uma decisão que coloque em causa a sua estabilidade pessoal ou financeira, situação que importa evitar.
- Contribui para o seu bem-estar emocional
Quando a gestão do orçamento familiar não é eficiente são as contas que o controlam a si e não o contrário. Ter uma poupança de emergência dá-lhe confiança para enfrentar situações complicadas com maior tranquilidade.
Quanto deve ter a sua poupança de emergência?
Embora não exista uma regra universal, uma vez que o montante da poupança de emergência varia de acordo com cada situação específica, é recomendável que esta poupança, em regra, cubra entre 6 a 12 meses das despesas médias mensais. Assim, a título de exemplo, uma família que tenha 1.200 euros de despesas por mês, deve ter entre 7.200 e 14.400 euros na poupança de emergência.
Como criar uma poupança de emergência
Construir uma poupança de emergência pode demorar algum tempo, em particular para quem tem muitas despesas e poucos rendimentos. O mais importante é dar o primeiro passo e começar a poupar, mesmo que seja pouco.
- Determine um valor e o tempo necessário para construir a sua poupança de emergência. Deve ter em consideração as suas despesas mensais e ser realista, pois reduzir uma conta pontualmente pode não fazer grande diferença a prazo.
- Torne a poupança automática. Poupar nem sempre é uma tarefa fácil. E isto, por vezes, acontece por falta de método, e não por falta de dinheiro. Ao direcionar automaticamente o seu dinheiro, evita que acabe por gastar o dinheiro noutras finalidades.
- Reforce sempre que possível. Recebeu o subsídio de férias ou de natal? A sua empresa pagou-lhe um prémio? Adicione esse valor à poupança. Quanto mais conseguir juntar, mais depressa atingirá os seus objetivos.
Onde investir o dinheiro de emergência?
O dinheiro de emergência deve estar investido num ou mais produtos que tenham o capital garantido, paguem juros e permitam reforços e resgates antecipados.