Antes de investir, informe-se junto do seu banco sobre como adequar os investimentos aos seus objetivos específicos e perfil de risco. Tenha em conta, nomeadamente, se pretende um produto de capital garantido, qual o prazo do investimento, a rentabilidade esperada, se valoriza ou não a mobilização antecipada e se pretende uma maior ou menor dispersão em vários tipos de produtos.
Se desejar maior rentabilidade, por norma o investimento deve ser direcionado para o médio/longo prazo. Normalmente as maiores rentabilidades estão associadas a prazos mais longos e a menor liquidez (possibilidade de aceder ao dinheiro com maior rapidez). Se optar por produtos de investimento que lhe garantam maior liquidez, logo de curto prazo, as rentabilidades são menores.
Compreender o risco
O risco é a possibilidade de perder o dinheiro investido, total ou parcialmente. O principal risco de investimento está associado à globalização dos mercados financeiros, ou seja, se algo acontece num determinado mercado repercute-se e tem impacto noutros mercados, como conflitos armados, recessões, quebra de índices de confiança económicos, alterações cambiais, mudanças estruturais económicas e outros factos excecionais que afetem negativamente o valor das empresas.
Todos os produtos financeiros têm risco. Normalmente, quanto maior a rentabilidade possível, maior o risco do investimento. Em regra, tende a falar-se de ativos de risco baixo (como por exemplo depósitos a prazo e certificados de depósito), médio (por exemplo obrigações) e risco alto (por exemplo, ações, opções, futuros e contratos por diferença). Importa ter presente que o nível de risco de cada produto específico pode divergir do risco médio usual da classe de ativos em que o produto se insere.
Tipos de riscos associados ao investimento em instrumentos financeiros
Risco de mercado – é a possibilidade de a evolução da cotação do produto no mercado afetar o montante a receber pelo investidor.
Risco de crédito – é a possibilidade de o emitente do produto deixar de pagar o rendimento ou o capital inicial do produto.
Risco cambial – é a possibilidade de a moeda em que o produto foi emitido desvalorizar face à moeda do país do investidor.
Risco de liquidez – é a impossibilidade de resgatar o produto a qualquer momento e reaver o respetivo montante ou de proceder à sua venda a um preço justo.
Risco fiscal – é a possibilidade de agravamento do regime de tributação dos rendimentos ou das mais-valias.
Risco político – é a possibilidade de desvalorização decorrente das circunstâncias políticas do Estado de origem do emitente.
Risco de conflito de interesses – é a possibilidade de os seus interesses serem subordinados aos interesses do emitente e/ou aos interesses do intermediário que lhe oferece o produto.